19 agosto, 2008

a ditadura militar brasileira na mira

Sempre achei a lei da anistia brasileira uma das coisas mais bizarras de nossa história política. Ora, então se mata e se tortura em nome de um governo e depois, para manter nosso status quo de "nação cordial" se implementa uma "anistia ampla, geral e irrestrita" que ao longo dos anos beneficiou, sobretudo, os algozes.

Em visita ao Brasil, o juiz espanhol Baltasar Garzón, o mesmo que decretou a prisão do ditador chileno Pinochet, declara que esses crimes devem ser investigados e punidos e que essa anistia não é válida sob os aspectos do Direito Internacional.

É vergonhosa e desrespeitosa a demora da abertura dos arquivos da ditadura. É absurdo que esses crimes continuem impunes. Para as famílias das vítimas e para as próprias vítimas é uma perpetuação do desmando. Para todos nós, é uma ode à impunidade.

Leia as declarações de Baltasar Garzón aqui.

Um comentário:

Anônimo disse...

(Não queria comentar, mas... O que um mix de ócio e expectativa não faz, não é?) Sabe que, também, nesses dias, nesses dias mesmo pensei no tal do juiz? E justamente em razão do quiprocó promovido pelo Tarso e pelo Vanucchi? E nem sabia que o Garzón tinha baixado, à convite, por essas bandas... Ah, mas a nossa "esquerda da esquerda" anda tão ressentida que, em vez de dar coro à "deixa" do Ministro, perdeu mira e pontaria, me parece.