17 novembro, 2010

Um poema do livro que por hora escrevo

Chama-se Outra Arte, o livro que há alguns meses escrevo. Andei me enrolando ao falar dele em uma entrevista, pois, de verdade, é cedo ainda para saber se ele é mesmo uma pausa no diálogo entre Geografia Íntima do Deserto e A Cartografia da Noite. Preciso amadurecer seu projeto para ter mais certezas. Enfim... Abaixo um poema desse livro em processo.

Um Klint

A cor falsificada,
a textura lisa,
imprecisa,
o nome que esqueço
entre sinapses.

Talvez chame-se espelho
isto o que vejo.
Talvez chame-se afeto
isto o que quebro
entredentes.


As cores,
um ruivo de flores,
laranja e castanho,
um branco azulado.

A palavra se perde,
mas era eu
em lâminas de ouro.

Nenhum comentário: