24 fevereiro, 2010

O Fim do Cordel do Fogo Encantado

Num dia qualquer de 1996, eu e Lirinha  começamos a pesquisar juntos as manifestações culturais de Arcoverde, nossa cidade com a ajuda do mestre coquista Lula Calixto. Eu, com fins acadêmicos, ele com a curiosidade do artista em formação. O nome da banda surgiu numa tarde na casa da minha mãe, depois de uma lista de sugestões preteridas. Veio o nome, várias (mas várias mesmo)  formações, a ida para o Recife, a vinda para São Paulo onde nos encontramos vizinhos de novo. Hoje o Cordel do Fogo Encantado acaba oficialmente e eu sei como foi difícil esse ponto final. Não me entristeço, porque tenho muito orgulho do trabalho que vi nascer e que de um modo que ninguém mais sabe, a não ser as pessoas mais íntimas, faz parte da minha vida. Fica a história e  fica a memória. E isso é tudo.

Leia aqui o texto de encerramento das atividades da banda

9 comentários:

Anônimo disse...

Nossa Micheliny que notícia... gosto muito dessa banda, foi por meio dela que descobri teu nome, numa entrevista, te falei isso quanto te conheci na casa das rosas, só por esse fato já sou muito grato pela existência dessa banda.
Acredito que cada um dos membros tem muita coisa ainda pra fazer, muitos caminhos para trilhar, muitas alegrias para nos dar, são talentosíssimos, desejo a eles tudo de bom daqui pra frente, e o que nos resta é apreciar o que fizeram até agora e a aguardar o muito que espero ainda vão criar.

um abraço,
Geraldo.

Marta disse...

Estou indo pra praia amanhã (passar meu níver, que é domingo, perto do mar) mas terça estou de volta. Você decide: um jantar meninas ou um programa com as crias no fimde. Quero te ver. Beijo, M

Braz disse...

O Cordel faz parte da trilha sonora da minha vida. Eles apareceram num tempo em que Pernambuco estava dando uma guinada histórica nas artes desse mundo pós-moderno e encantaram multidões. O refrão "Chover, chover..." ouvido numa tarde na UFPE ainda ecoa em minha memória.
Parabéns, Mcheliny, por também fazer parte dessa história.
Um abraço,
Braz Pereira

Braz disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Wilson Torres Nanini disse...

Usando de Guimarães Rosa, "A gente não morre. Fica encantado." O Cordel era, é e continuará sendo aquilo que você mesma expressou em hieróglifo: "Na pedra da alma/gravo a cifra/do que sinto:/sou a um só tempo/o alvo,/o caçador/e o arco tenso,/estendido."
Como pude entreler em seu texto, acredito profundamente que uma expressão artística do tamanho do Cordel não acada só pôr termo em seu percurso, pois continua transitando por dentro de quem recebeu seu fogo encantado.

: A Letreira disse...

já falamos sobre o Cordel, fica aqui o registro das belezas de Lirinha no palco e de toda aquela mística luz que do grupo emanava... beijoproces.

Maria José Giglio disse...

Cara Micheliny Verunschk

Visitamos seu Blog. Interessante.

Também Mantemos um blog literário:
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Esteja sempre com a gente.

Abraço, Maria José Giglio

Clayton Barros disse...

Continua acesa a chama que existe em mim. A música não pára de soprar seus uivos.
Se cada passo faz parte do progresso, o fim também carrega outros começos. abcs pra vocês!
Clayton Barros.

Anônimo disse...

Micheliny,

O mais precioso é isso: conseguir tecer uma "biografia" como a que vocês têm por vezes até "costurado" entre si.

Só espero que a "voz" de Lirinha permaneça na música e em outras linguagens da arte, e que, em especial, sempre com eco do nosso "sotaque"; e sei que assim será.

[Lembra de nossa entrevista ao Lula Calixto, uma tarde na casa dele, com Francivaldo filmando? Tenho o vídeo até hoje!]

Um beijo.