15 janeiro, 2009

Para esses tempos de guerra



A ponte não apenas liga margens previamente existentes. É somente na travessia da ponte que as margens surgem como margens. A ponte as deixa repousar de maneira própria uma frente à outra... Sempre e de maneira a cada vez diferente, a ponte conduz os caminhos hesitantes e apressados dos homens de forma que eles cheguem em outras margens... A seu modo, a ponte reúne integrando a terra e o céu, os divinos e os mortais junto a si. 

Martin Heidegger

3 comentários:

Wilson Torres Nanini disse...

Isso me faz refletir profundamente sobre o que vivo no atropelo de minha profissão, diariamente. Como Policial Militar, convivo com a iminência da morte. Nosso temor constante se mescla à tragédia alheia. Para nós, que estamos distanciados de Gaza, é inevitável taxarmos palestinos e judeus de irresponsáveis, como crianças birrentas, capazes de levar às últimas consequências a disputa por alguns poucos palmos de terra. A vida parece não ter tanto valor nessa "briguinha". Mas a verdade é que o corpo é a margem da alma, margem que a morte viola, contamina para sempre. Num piscar de olhos, perdemos, de uma vez por todas, o que temos de mais precioso. Somos perecíveis!!! Atrás de nós, a ponte por onde passamos, se desmancha imediatamente após o último passo.

V. disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
V. disse...

q lindo, Mi!! me comoveu ao extremo.

tô d volta, menos inteiro q nunca, mas d volta.

publico algo antes do carnaval, algo q me revira e se contorce e me contorce e se revira há meses.

bjs loucos!!