Em memória das mulheres mortas no campo de algodão cantemos a semente inviolada. Em memória de Verônica adormecida em sua infância eterna cantemos a casa indestrutível. Em memória de mim e de minha irmã e de minha prima e de minha amiga que tombamos entre o ranger dos ossos e o assobio dos tiros cantemos ainda. Cantemos a memória e a nossa antiga avó pega a laço. Cantemos a memória e as unhas extirpadas no quarto de despejo da velha ditadura. Cantemos a memória essa cadela que [22 balas 11 perfurações à faca àcido no rosto carne infibulada] não morre não morre nunca.
L-i-n-d-o esses olhos abertos(e vivos)sobre essas mulheres diante da morte dilacerante que assalta nossas vidas. Para teu olhar, trago sempre-vivas em reverência. Beijos, Mi.
L-i-n-d-o esses olhos abertos(e vivos)sobre essas mulheres diante da morte dilacerante que assalta nossas vidas. Para teu olhar, trago sempre-vivas em reverência. Beijos, Mi.
ResponderExcluirDemais, Micheliny!
ResponderExcluirBeijo enorme!
Obrigada pela leitura, Carla Diacov e ehre!
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